Diamantina
Antigo Arraial de Tejuco, Diamantina surgiu por volta de 1722, a partir da exploração de pedras preciosas. O local virou ponto de partida da Estrada Real, que ligava Minas Gerais aos portos do Rio de Janeiro no período colonial. A riqueza obtida pela exploração de diamantes está até hoje registrada na arquitetura de seu belo casario de inspiração barroca, em suas praças, vielas e igrejas. Tudo isso fez com que a cidade fosse reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1999. Parte do renome alcançado por Diamantina deve-se a personalidades que ali viveram e marcaram a história do Brasil, como a escrava liberta Chica da Silva, que percorreu as ruas da cidade no século XVIII, e o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, que nasceu na cidade e mudou os rumos do Brasil ao se tornar presidente , na década de 1950. As casas de ambos se tornaram museus e hoje podem ser visitadas.
Atrações: Mercado Municipal, Igreja Nossa Senhora do Carmo, Igreja do Amparo, Igreja do Rosário, Casa da Glória, Casa da JK, Casa da Chica da Silva, Museu do Diamantina.
Tiradentes
Arraial Velho de Santo Antonio foi a primeira denominação desta cidade histórica, criada em 1719 como Vila de São José do Rio das Mortes. Uma ponte de pedra dá acesso Centro Histórico, com suas ruas de paralelepípedos e seus antigos casarões, muito bem conservados. Do pátio da sublime Matriz de Santo Antônio é possível ter uma bela vista da cidade. Dali também se vê a imponente Serra de São José. Tiradentes se modernizou e passou a receber um público cada vez exigente. O local é cheio de hotéis conceituados, pousadas de alta qualidade e restaurantes de prestígio, que oferecem da cozinha típica à internacional. A cidade também é palco de grandes e importantes festivais.
Atrações: Matriz de Santo Antônio, Chafariz de São José, Largo das Forras, Passeio de Jardineira, Passeio de Maria-Fumaça.
Congonhas
Turistas do mundo inteiram viajam até Congonhas para apreciar o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, considerado o maior complexo de arte colonial do país. A construção do templo começou em 1757, após a graça alcançada pelo português Feliciano Mendes, que havia prometido a Bom Jesus de Matosinhos erguer uma igreja em sua homenagem caso conseguisse recuperar a saúde perdida. As obras terminaram em 1790 e abriga criações dos maiores artistas da época. Alguns anos depois, Aleijadinho esculpiu estátuas dos 12 profetas bíblicos, instaladas no adro. Na praça em frente ao Santuário foram construídas capelas com as cenas da Paixão de Cristo, com estátuas em cedro pintadas por Mestre Ataíde. O espetacular conjunto foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985.
Atrações: Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, Parque da Cachoeira, Museu da Romaria.
Mariana
Foi no final do século XVII que uma expedição de bandeirantes paulistas firmou uma base no Ribeirão do Carmo. A região revelou-se uma grande reserva de ouro, atraindo centenas de pessoas. Com o objetivo de controlar a extração do mineral, em 1711, a Coroa portuguesa eleva o então Arraial de Nossa Senhora do Carmo, a Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, primeira vila de Minas Gerais. Em 1745, passou a se chamar Mariana, primeira cidade do estado, nomeada em homenagem a D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V de Portugal. Consagrada a cidade mais rica do ciclo do ouro, foi ainda a primeira capital do estado e sede do primeiro bispado mineiro.
Destino indispensável para quem quer conhecer mais sobre a história de Minas Gerais e do Brasil colonial, o município tem um importante patrimônio de arquitetônico, com obras de mestres como Manual da Costa Ataíde, um dos maiores nomes da pintura barroca no Brasil. Os arredores da cidade, repletas de cachoeiras, cavernas e grutas, também são procurados por amantes do turismo ecológico e praticantes de esportes de aventura, como montanhismo e mountain bike.
Catedral Basílica da Sé, Museu Arquediocesiano de Arte Sacra, Igreja Nossa Senhora do Carmo, Casa da Câmara e Cadeia, Mina da Passagem, Cachoeira do Brumado, Represa da Fumaça.
Ouro Preto
Dona de um conjunto arquitetônico incomparável, Ouro Preto foi a primeira cidade do Brasil a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. No sobe e desce das ladeiras de pedra, encantadoras casas coloniais se misturam a deslumbrantes igrejas barrocas, como a Basílica de Nossa Senhora do Pilar e a Igreja de São Francisco de Assis. Obras artísticas como Mestre Ataíde e Aleijadinho fazem parte do acervo. A exuberância da cidade é fruto da exploração do ouro iniciada no século XVII.
Atrações: Basílica de Nossa Senhora do Pilar, Igreja São Francisco de Assis, Igreja Nossa Senhora do Rosário, Teatro Municipal, Museu da Inconfidência, Museu de Arte Sacra, Museu do Oratório, Mina de Chico Rei, Passeio de Maria-Fumaça. Parque Estadual de Itacolomi.
São João Del Rey
São João Del Rei é uma das mais importantes cidades históricas de Minas Gerais, dona de um valioso patrimônio cultural artístico do período colonial brasileiro. Com igrejas imponentes como Nossa Senhora do Pilar e de São Francisco de Assis e belos casarios coloniais, este destino retrata a época do ciclo do ouro e da Inconfidência mineira, movimento revolucionário que lutava pela liberdade do país.
A cidade conserva suas tradições seculares através da música, seja pela linguagem dos sinos entre as igrejas ou pelas orquestras setecentistas Ribeiro Bastos ou a Lira Sanjoanense. É possível perceber o desenvolvimento de São João Del Rei através da infra-estrutura e construções modernas, mas o núcleo histórico permanece preservado e é motivo de orgulho para o povo mineiro. Terra natal de grandes nomes como Joaquim José da Silva Xavier- Tiradentes, e o ex-presidente Tancredo Neves, a cidade é cenário de grandes eventos como o carnaval e o festival de inverno. Outra atração imperdível é o passeio de Maria Fumaça até a vizinha Tiradentes, admirando a bela paisagem da serra de São José.
Fonte/Textos: Guia de Minas Gerais - Editora Veredas - Juliana Afonso, Natalia Martino, Silvia Helena Laporte, Carol Abreu e Filipe Motta.